Comissão Organizadora da X Semana de História divulga relação dos Simpósios Temáticos aprovados e as normas para apresentação de comunicações

21.9.13
4ª CIRCULAR

RELAÇÃO DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS APROVADOS E NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES

A Comissão Organizadora da X Semana de História, I Encontro Estadual do Grupo de Trabalho de Ensino de História da ANPUH-CE e IV Simpósio de Estudos Históricos do PET, com o Tema “ENSINO DE HISTÓRIA: VELHOS PROBLEMAS, NOVOS DESAFIOS”, realizados no período de 04 a 08 de novembro de 2013, na Faculdade de Filosofia Dom Aureliano Matos – FAFIDAM, Universidade Estadual do Ceará – UECE, Campus de Limoeiro do Norte – CE, DIVULGA A RELAÇÃO DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS E ESTABELECE AS NORMAS PARA APRESENTAÇÃO DE COMUNICAÇÕES.

1. DEFINIÇÃO: Os Simpósios Temáticos são espaços de exposição e diálogo de pesquisas concluídas ou em andamento. Cada participante terá 15 minutos para exposição de sua comunicação diante dos membros do Simpósio Temático. Essa modalidade (comunicação) está aberta alunos de graduação e pós-graduação, professores da educação básica, mestres e doutores com pesquisas que se enquadrem na proposta do Simpósio Temático escolhido.

2. DOS RESUMOS DAS COMUNICAÇÕES:
Os resumos inscritos deverão estar de acordo com a norma da ABNT (NBR 6028:2003), devendo ser do tipo informativo, como definido na mesma.
2.1. O resumo deve ser precedido pelo título do trabalho, seguido do nome do(s) autor(es).

2.2. O resumo deve ser completo, ter no mínimo 150 palavras e no máximo 500 e conter: introdução, objetivos, metodologia, tratamento metodológico ou material e métodos, resultados e conclusões.
2.3. O resumo deve ser escrito em um único parágrafo, com frases concisas e afirmativas, na forma direta e no passado, destacando a importância do assunto, o objetivo do trabalho, como foi realizado, os resultados alcançados com dados específicos e as principais conclusões, isto é, apresenta todas as seções do artigo sob forma condensada. NUNCA começar o resumo pelos objetivos do trabalho.
2.4. Para realizar o cadastro do resumo o proponente deverá realizar a inscrição no evento no site www.uece.br/eventos/shfafidam2013/, realizar o pagamento da taxa de inscrição, enviar o comprovante de pagamento para o e-mail sh.fafidam@uece.br. Depois que a inscrição for aprovada entrar no site do evento, realizar o login e escolher a opção “Trabalhos – Cadastrar Trabalho”. Preencher os campos do formulário e indicar no corpo do resumo o simpósio para o qual o trabalho está sendo enviado.
2.5. Os trabalhos que não se enquadram em nenhum dos Simpósios Temáticos poderão ser enviados e serão apresentados em uma sessão especial denominada “Comunicações Livres”. Para isso o proponente indicará no corpo do resumo a observações “Trabalho encaminhado à Comunicações Livres”.
2.6. As inscrições para apresentação de comunicações poderão ser feitas do dia 21 de setembro a 15 de outubro de 2013.
2.7. O proponente que tiver sua comunicação aprovada no evento poderá enviar o trabalho completo para publicação. As normas e prazos serão definidas posteriormente.

Observação importante: não colocar nome e título no corpo do resumo, pois estas informações devem ser descritas nos campos do formulário que antecedem o campo “resumo”. Observar atentamente as normas da ABNT. Professores da educação básica não deverão pagar a taxa de inscrição.

3. RELAÇÃO DOS SIMPÓSIOS TEMÁTICOS APROVADOS

ST 01. ENSINO DE HISTÓRIA E OS DESAFIOS DA FORMAÇÃO DE PROFESSORES
Coordenação:
Profa. Ms. Andreza de Oliveira Andrade. Professora do Departamento de História do Campus Walter de Sá Leitão, Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em Assú – RN. Mestre em História pela Universidade Federal da Paraíba – UFPB.
Profa. Aryana Lima Costa. Possui graduação em História - Licenciatura Plena e Bacharelado pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (2007) e mestrado em História pela Universidade Federal da Paraíba (2010). Tem experiência na área de História, com ênfase na formação do profissional de História, atuando principalmente nos seguintes temas: ensino de história, currículo, historiografia e história contemporânea. Atualmente é professora do Departamento de História da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).

A formação de professores de história têm tido que lidar com inúmeros desafios, tanto do ponto de vista epistemológico, quanto pedagógico, no que tange à construção de uma consciência histórica por parte de docentes e discentes capaz de apropriar-se dos múltiplos veículos de cultura histórica, de modo que nos possibilite estabelecer diálogos entre passado e presente num exercício reflexivo acerca do próprio real.
Fazer pensar historicamente é, neste sentido, o principal desafio de quem ensina história nos diferentes níveis de ensino. O estabelecimento de conexões entre o passado e o vivido tem que ser a busca incessante do (a) historiador (a), de modo que a História enquanto campo disciplinar não se esvazie de sentido para nossos (as) interlocutores (as). Neste ponto, passado e presente se apresentam numa relação de estranhamento que precisa ser vencida e metamorfoseada em relação de alteridade.
Em face destes desafios este simpósio temático se coloca como um espaço a partir do qual seja possível agregar trabalhos de pesquisa, experiências de ensino e extensão e/ou reflexões em torno do debate acerca da formação do(a) historiador(a) dedicado(a) ao ensino, dos desafios dos estágio supervisionado e da relação entre história acadêmica e história escolar na sua prática, dentre outros temas afins.

ST 02. O ENSINO DA HISTÓRIA E CULTURAS AFROBRASILEIRAS E INDÍGENAS: RECEPÇÃO, PERSPECTIVAS E DESAFIOS.
Coordenação:
Elisgardênia de Oliveira Chaves. Doutoranda em História pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

Prof. José Anderson Costa Gomes. Especialista em História do Brasil, com ênfase em História do Ceará pela Faculdade de Tecnologia Darcy Ribeiro. Professor da E.E.E.P. Francisca Rocha Silva, em Jaguaruana-CE.

A obrigatoriedade da questão afro-brasileira, africana e indígena, assim como a educação patrimonial, livros didáticos, formação de professores, propostas curriculares, estágio supervisionado, didática da história, educação histórica, diferentes linguagens e documentos tem diversificado e ampliado o campo de interesses dos pesquisadores que tem o ensino de História como objeto de pesquisa no Brasil, sobretudo a partir da década de 1980. Sem grandes esforços, é possível perceber o aumento de pesquisa em cursos de Graduação e de Pós-Graduação em universidades do país, cujas produções, como dissertações, teses, livros e artigos em periódicos, disseminam-se em diferentes meios, promovendo reflexões e debates.
Em tempos assim, em que os saberes proporcionados por diferentes olhares, fontes e perspectivas dão asas a problematizações diversas sobre o ensino, mediando às relações entre a produção do conhecimento histórico e o conhecimento histórico escolar, fazendo-se necessário a quebra da visão eurocêntrica que ainda guia a realidade educacional brasileira, propiciando a criação de um espaço de participação de todos os envolvidos no processo de construção do conhecimento, visto que a escola enquanto agente transformador e multiplicador de conhecimentos, cumpre o papel de tornar o educando um sujeito ativo e posto de sua capacidade crítico-reflexiva.
Esse Simpósio Temático objetiva reunir professores e estudantes do ensino superior e da educação básica a fim de promover debates e interações sobre a recepção, possibilidades, desafios e práticas docentes a respeito da obrigatoriedade do ensino da história e da cultura afro-brasileira e indígena no ensino fundamental e médio, definidos pelas leis 10.639/03 e 11.645/2008. Com efeito, serão aceitas propostas que possibilitem reflexões sobre: conjuntura sociopolítica e educacional que culminaram na implementação das leis 10.639/03 e 11.645/2008; formação de professores e orientações teórico-metodológicas sobre o uso de diferentes documentos, linguagens e livros didáticos que possibilitem o estudo da história e da cultura afro-brasileiras e indígena no processo de formação da sociedade brasileira; estratégias de interdisciplinaridade que incitem a aprendizagem do aluno para o reconhecimento dos povos africanos e indígenas na identidade cultural do Brasil; valorização do homem e da mulher negra e indígena para a cultura brasileira e experiências de ensino sobre a temática.

ST 03. O ENSINO DE HISTÓRIA E AS PRÁTICAS DOCENTES

COORDENAÇÃO: PROFA. MARIA TERLA SILVA CARNEIRO DOS SANTOS
Especialista em Ensino de História e Geografia. Professora da EEFM Tabelião José Ribeiro Guimarães, em Pentecoste – Ceará.

Enquanto professora tenho observado que, na maior parte do tempo, os alunos trabalham individualmente e estão constantemente em competição uns com os outros. Diante desse quadro surgiu meu interesse pela temática “Aprendizagem Cooperativa”, por considerar pertinente um estudo sobre esta estratégia de ensino, que tem uma concepção de aprendizagem como algo ativo, construído pelo aluno em interação com os colegas e com o professor. A Aprendizagem Cooperativa (A.C) não é uma ideia nova em educação, mas ainda são poucos os docentes que a utilizam como estratégia na sala de aula.
Ela desenvolve uma visão mais dinâmica de aprendizado onde o aluno, passivo das salas de aulas tidas como “tradicionais” desenvolvem sua pró-atividade, e o professor torna-se facilitador, não apresentando mais o conhecimento, e sim, gerindo atividades para que este brote.
No Ceará, essa abordagem começou a ser utilizada com o Programa de Educação em Células Cooperativas (PRECE), projeto de extensão da UFC. Em 2009, foi criado o Programa Células Estudantis de Aprendizagem Cooperativa, com o objetivo de difundir essa metodologia na Universidade. A Escola Estadual de Educação Profissional Alan Pinho Tabosa, em Pentecoste/CE, tem convênio assinado com a Universidade Federal do Ceará – UFC, onde a mesma atua como co-gestora, dando suporte às atividades na escola, viabilizando a implantação da metodologia da aprendizagem cooperativa.
Atualmente desenvolvo pesquisa que visa compreender a aplicação da metodologia em aprendizagem cooperativa nas aulas de História, na E.E.E.P. Alan Pinho Tabosa, através da realização de estudo de caso. Tenho como base teórica os trabalhos de (JOHNSON & JOHNSON,1999); (FREITAS & FREITAS, 2002); (LOPES & SILVA, 2009), por considerar de grande importância seus estudos sobre a aplicação da aprendizagem cooperativa como estratégia de aprendizagem, nas salas de aula, através da utilização de diferentes métodos.
Assim, este simpósio temático visa reunir trabalhos e pesquisas sobre práticas de ensino de História na tentativa de refletirmos sobre os problemas e possiblidades para atuação docente do professor de História.

ST 04. ESTUDOS DA CULTURA MATERIAL: NOVAS TEMÁTICAS E PERSPECTIVAS
Coordenação:
Ana Paula Gomes Bezerra: mestranda em História pelo Mestrado Acadêmico em História (MAHIS/UECE). Atua no Grupo de Pesquisa Práticas Urbanas (GPPUR/ MAHIS/UECE) - Linha de Pesquisa: Cultura e Práticas Sociais Urbanas. Foi técnica do SEDARQ (Serviço Estadual de Arquivos/ Arquivo Público do Estado do Ceará). Foi estagiária em História no IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Atuou como Professora do Ensino Fundamental e Médio na disciplina de História, nas redes particular e estadual de ensino. Atuou como professora Universitária do Curso de História no IDECC/ UVA.

O presente simpósio temático tem como objetivo discutir trabalhos que estejam relacionados com a cultura material, em diferentes temáticas como: gênero, cotidiano, civilidade, museus, culturas antigas e diferentes objetos de estudo, sejam eles: mobília, vestuários, ferramentas, alimentação, mercadorias de luxo dentre outros. Aproximando a discussão das diferentes áreas que estudam a cultura material, proporcionando um diálogo interdisciplinar, onde tal diálogo permita a troca de experiências nos campos teórico, conceitual e metodológico. Esta materialidade pode está presente em outras fontes como os inventários, os jornais, as revistas, as peças museológicas e os utensílios de uso cotidiano. O estudo da cultura material permite ao pesquisador um diálogo com outras ciências, como a arqueologia, sociologia e museologia, através do estudo dos artefatos encontrados em escavações ou peças exposta em museus. Este simpósio temático tem por objetivo geral agregar pesquisas que discutam: diferentes temáticas que tenha a cultura material como fonte de pesquisa e destina-se a pesquisadores, estudantes e professores que estudem a cultura material independente da sua área de atuação..

ST 05. EXPERIÊNCIAS CULTURAIS E PRÁTICAS DE MEMÓRIAS FEMININAS
Coordenação:
Maria Elcelane de Oliveira Linhares: graduada em História em 2012, é aluna do Mestrado Acadêmico em História e Culturas da Universidade Estadual do Ceará, onde atua com pesquisa no campo das memórias femininas, tendo como foco as trajetórias de mulheres interioranas em suas relações familiares e suas práticas de oralidade.

Sabe-se que em 1970 o efervescente movimento feminista deixou muitas marcas nos estudos voltados a presença feminina na história: a predileção pelos discursos normativos em relação ao corpo, a dialética da opressão e da dominação masculina, entre outras. Contudo, a partir de 1980 “a contribuição crescente dos debates etnológico e antropológico concederam aos estudos sobre os papéis sexuais uma outra fisionomia” (SOIHET, 2000, p. 04). Referimo-nos às decifrações dos códigos simbólicos, das representações, subjetivações, nos estudos de gênero e da história das Mulheres, em grande medida proposta pela chamada História Cultural. Não há dúvidas de que a História da Cultura tornou-se um sucesso de vendas, pelas suas possibilidades diversas. No entanto, a Cultura não deixou de ser um tema polêmico e um conceito polissêmico. Para muitos a história cultural seria mais um rótulo, sem definição e procedimentos de pesquisa consistentes. Contudo, quebrando rótulos, propomos uma história da presença feminina que preze por analisar as várias leituras que as mulheres fazem do tempo, das suas experiências, de normas, de seus grupos e de si próprias. Destacamos nesse sentido a ponte crucial dessas leituras: a memória. Portanto, o objetivo central desse simpósio é refletir pesquisas que tenham as mulheres como sujeitas, dentro do leque de possibilidades da História Cultural, trazendo-as em seus vários campos de atuações e de ressignificações: na cidade, na religião, na política, no âmbito familiar, entre outros. Dessa forma, almejamos compartilhar temas, métodos e conceitos, acreditando que a flexibilidade do olhar deve sempre estar em validade, não somente porque os interesses da academia mudam, mas principalmente, porque as perguntas que lançamos as fontes, assim como as interpretações que fazemos delas são inesgotáveis e jamais estáticas.

ST 06. HISTÓRIA POLÍTICA: ABORDAGENS E PERSPECTIVAS
Coordenação:
Prof. Dr. João Rameres Regis: doutorado em História Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2004). Atualmente é professor Adjunto I do Curso de História da FAFIDAM/UECE e Tutor do Programa Especial de Treinamento - PET/História e professor do Mestrado Acadêmico em História e Culturas - MAHIS, da Universidade Estadual do Ceara - UECE.

Cintya Chaves: Mestranda em História e Culturas, pelo Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual do Ceará - UECE. Graduada em Licenciatura Plena em História pela Faculdade de Filosofia D. Aureliano Matos - FAFIDAM/Universidade Estadual do Ceará-UECE (2011), ex-bolsista do Programa de Educação Tutorial-PET HISTÒRIA. Especialista em História e Cultura Afro-Brasileira pela Faculdade de Selvíria-FAS, Campus - Limoeiro do Norte.

A partir da década de 1970 a dimensão política dos fatos sociais foi ganhando novos espaços. As crises liberais, a intervenção do Estado, a ampliação das políticas públicas, a luta por direitos, a pressão da sociedade, bem como as críticas aos modelos historiográficos e o necessário contato com as ciências sociais, são fatores que explicam a retomado do interesse pelo político. O diálogo com a Ciência Política, em especial, abriu espaço para o mote da participação política e dos novos atores. Os temas associados aos processos eleitorais, partidos políticos, grupos de pressão, opinião pública, mídia, relações internacionais, movimentos sociais, trouxeram os estudos sobre as sociabilidades, análise do discurso, história da cultura, imaginário pol ítico, representações políticas, mitos políticos, cultura política, diversidade, ritos, símbolos, etc. ( RÉMOND, 2003). Assim, a década de 1980 trouxe a consolidação de uma Nova História Política que se interessa pelo “poder” nas suas outras modalidades, que incluem também os micros poderes presentes na vida cotidiana, o uso político dos sistemas de representações, entre outros (BARROS, 2004, p. 107). Em suas análises, as grandes massas anônimas, o “indivíduo comum”, ganha atenção, e, através do conceito de cultura política, a mesma tem tecido um olhar diferenciado sobre as “elites”, bem como sobre os que detêm o poder político, partidário e institucional de forma geral. Portanto, este Simpósio Temático visa ser um espaço de debates pa ra trabalhos que, tendo como referência a história política, se preocupam com as relações entre política e cultura, bem como focalizam os sentidos que dão legitimidade as relações de poder estabelecidas, em seus mais variados temas, conceitos e métodos de análise.

Limoeiro do Norte – CE, 21 de setembro de 2013

A Comissão Organizadora


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